terça-feira, 23 de janeiro de 2007

No fundo, no fundo..sou HIPPIE!


Pensava nesta questão esses dias. Apesar de adorar a vida urbana, um cinza grafite e uma loja de conveniência, no fundo, bem lá no fundo sou hippie de carteirinha. Duvida? Pois é, mas é a pura verdade.

Isso tudo tem total ligação com a minha criação, afinal de contas meus pais eram hippies. Tudo bem que não vivíamos em uma comunidade fazendo artesanato para vender na Maromba, mas morar em um local mágico e isolado no meio do mato, andando de vez em quando nu, faz parte dessa linguagem, certo? Então, isso fez parte da minha vida. E de alguma forma até hoje faz. É só analisar os meus seguintes pensamentos e atitudes: quero ver todos de bem com a vida e felizes, digo que amo todo mundo ao meu redor, me emociono com o nascer e o pôr-do-sol, fico com peninha de matar formiga e baratinhas (eca), viajo no desenho que a fumacinha do incenso faz quando queima, choro ao escutar Stairway to Heaven pela milésima vez, como no Sabor Saúde todo dia (isso conta tá?), amo acampar e não reclamo do ...o quê? Desconforto? Nem sei o que é isso, concordo que banho de cachoeira faz um bem danado na vida de qualquer um, gosto de tirar foto de paisagens, flores, passarinhos e dos meus pés, uso óleo de amêndoas como hidratante, faço máscara de argila (argila mesmo!!) no rosto e tomo chá verde para emagrecer....

Pois bem, sei que essa pequena lista não convence os mais ortodoxos, mas posso dizer que a casca é dura, perua, urbana, mas alma é odara.

Mas para convercer ainda mais, fecho esse texto com um poema de minha autoria. Escrito pelo menos uns dez anos atrás em um momento de incrível imersão ao meu ser, o ser HIPPIE.

Pretendo um dia olhar e saber mais que tudo
Acordar e sorrir durante minutos segundais
Brilhar no mar azul infinito, tão distante.....
Gritar ao mais alto céu errante
Beber o líquido olhar de suas janelas
E depois da longa jornada, deitar na asa do vento dia
Para sempre voar

Porque não sei de tudo ou nada
Porque talvez saiba e fale
Além do que sinto e perturbe
Diz porque não sente ou espete
Traços fortes da pedra, funda ao seu desejo
Loucura incandescente, larva louca que brota
Abelha que pousa na mais delicada alma
Sinto o cheiro doce e profundo
Uma coisa meio louca esse mundo

3 comentários:

Unknown disse...

Ritinha,
Como alguém que te conhece desde o tempo da fotinha, e eu também hippie de carteirinha coberta de marshmellow urbano, fiquei emocionada com teu poema. Beleza demais, poesia que curto contigo hoje, nesse qualquer dia de 2007! Muitos bjs, Ana Tereza

Dudu Candelot disse...

mas qual o problema nisso ?

pior seria se você tivesse nascido com o único talento de ser uma Big Brother...

Hippie = Contracultura.

fique feliz por isso

Anônimo disse...

Adorei a mininitinha - cheio de is - que tem olhos de ontem e hoje!!!!!!!!!!!!

Adivinhe quem escreve????????