terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Você conhece todas as formas de amar?

Outro dia uma amiga minha escreveu a seguinte frase em uma rede social: CONHEÇO TODAS AS FORMAS DE AMAR. Puxei papo, pois achei essa frase tão profunda que resolvi questioná-la sobre o assunto: Você conhece mesmo todas as formas de amar? Ela pensou, pensou e chegou à conclusão que faltava apenas uma, no auge dos vinte e poucos anos.....não conhecia a forma de amar como mãe. Ui! Aquilo bateu mais forte ainda, afinal de contas, como saber de uma forma de amor desse nível, sem experimentá-la? 


Fui buscando no meu HD orgânico todas as possibilidades de já ter passado por essa sensação, sem ter tido um filho. E fiquei analisando ex-namorados, ex-marido, amigos verdadeiros, irmãos, primos, pais, avós........enfim, fui buscando todas as formas de amar que já conheci e que foram tão diferentes uma das outras e parecia que nada batia com o amor de uma mãe com o seu filho. Entretanto, de repente, surgiu uma lembrança de um momento único na minha vida que senti algo que poderia ser “um pouco” parecido, pelo menos na essência. E lá estava a carinha linda e nariguda do “macarrão”, um basset simpático e birrento que cuidei durante mais ou menos duas semanas alguns anos atrás. 

OK, muita gente ama cachorro desde criança, já chorou e sofreu junto daquele que consideram o melhor amigo do homem. Pois é, mas eu nunca havia tido algum tipo de contato com cachorros. Não sabia o que era aquele sentimento que julgava ser extremamente exagerado. Inclusive sentia muito medo. Tinha medo de um ser peludo que latia e pulava, mas acho que na verdade tinha medo do desconhecido. Esse desconhecido que todos diziam ser um amor único, como um amor de mãe com seu filho. Quando descobri que eu e um namorado da época iríamos cuidar de um apartamento de um amigo que tinha que viajar por duas semanas e não tinha ninguém para deixar o seu basset, fiquei em pânico. 

Como faria? Se ele latisse e me mordesse? Se fizesse xixi e cocô no meio da sala? Se sentisse fome e eu não percebesse? Macarrão fez isso e mais um pouco e foram justamente todas essas situações que fizeram com que eu cuidasse com mais zelo e carinho do “meu” basset. No começo, é claro, até ele desconfiava de mim. Devia pensar: O que essa menina vai aprontar comigo? Ela é confiável? Mas aos poucos, fomos dando confiança um ao outro e aquele cachorro marrentinho começou a deixar que eu chegasse mais perto. 

O auge foi um dia que cheguei sozinha no apartamento, deitei na cama para assistir TV e ele veio com a maior calma, subiu, foi se enroscando em mim, até ficar debaixo dos meus braços e deixou que eu fizesse carinho. Ficou ali, quietinho, recebendo cafuné. Foi neste momento em que dois seres que não falam a mesma língua, se entenderam perfeitamente e foi dessa forma que compreendi o que é o amor incondicional. O amor sem pedir nada, o amor suave, a troca........ talvez o Macarrão nunca entenda o quanto ele mudou em mim, nem coitado, saiba que esse sentimento que tive foi uma amostra dessa forma de amar tão intensa. Mas quero deixar registrado: Valeu Macarrão!

3 comentários:

Maria disse...

Não tenho muita intimidade com cães. Mas admito que alguns ganham a minha simpatia !!! Beijos

Unknown disse...

Adorei o blog..
beijins...

Milena Blyth disse...

Sou apaixonada por cachorros e estou com um filhote de Golden Retriever agora!!! Você disse TUDO!!! Me vejo como mãe mesmo!!! Acho que o sentimento é bem intenso e parecido!! Aquela coisinha tão pequenina, que nao fala nossa lingua e depende de nos pra tudo!! Sem duvidas uma troca de sentimentos e gestos muito linda...muito companheirismo, confiança, carinho e amor!! O cão é sem duvidas o melhor amigo do homem!
Parabéns pelo blog!
Bjinhos