sexta-feira, 31 de agosto de 2007

O Vento que Bate no Rosto...


Toda ação gera uma reação. Todo vento cria movimento. A cada pedrinha jogada no lago é uma festa. 


Tem momentos em que uma simples atitude de mudança gera tantos acontecimentos juntos que nem temos tempo para pensar se são coisas boas ou não tão boas assim. Mas são de alguma forma: movimentos. 

Um simples “não” abre tantos caminhos bloqueados que sempre penso porque não fiz isto antes. E se é sempre tão fácil assim, qual a razão de tanto bloqueio de pensamento? De travas que não fazem a roda girar, as novidades acontecerem e os velhos conceitos irem embora? As soluções podem estar ao alcance de todos, mas talvez precisemos entrar por caminhos mais tortuosos e conseqüentemente mais dolorosos. Talvez assim possamos dar o valor necessário à conquista final. 

Não há graça naquilo em que se é dado por dar, sem persistência e suor.... eu pelo menos acho assim. Sentir o doce prazer de ser livre e tomar nossas decisões como bem entender é mais interessante quando conhecemos o oposto. Então, será que precisamos sofrer para conhecer o prazer? Não sei. Só sei que ao acharmos a saída no final do túnel, tudo fica mais claro e óbvio e aquela sensação de liberdade que temos é tão intensa quanto o vento que bate no rosto, seja de moto, bicicleta ou num simples ônibus.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Apresento-lhes, O Medo.


Medo de trovão, cobra, choque e escuro eu sempre tive. Medos assim fáceis de identificar são também mais fáceis de enfrentar. Mesmo que eu nunca encontre de frente com uma cobra, o medo existe e se acontecer de cruzar com uma, vou tremer de medo. Apesar de tudo, eu tenho mais medo daquilo que eu não sei que tenho medo. Mesmo sem muita lógica, este medo que não conheço, me apavora mais que os outros que tem cara e nome. Medo do desconhecido, daquilo que nunca enfrentei e que nem sei como funciona ao certo e pior, que terei que enfrentar sozinha, na maioria das vezes é horripilante. Ao mesmo tempo, dentro deste cenário de filme de terror, a sensação do medo é tão natural quanto impulsionador. Talvez se não sentisse medo, o tal freio que temos internamente não funcionaria enquanto estivéssemos em alta velocidade, em nossos projetos e sonhos de vida mais altos. Ainda bem que ele existe e desperta mais curiosidade em conhecer novos caminhos e oportunidades, mesmo diante dos maiores obstáculos que teimam em aparecer até para a pessoa mais corajosa do mundo. Este medo que carregamos, cada um do seu modo, não pode fazer com que travemos na primeira hora. Ele tem que nos ajudar a colocar as idéias em ordem e fazer com tenhamos mais cautela nas complicadas escolhas. Conheço pessoas que por conta dos seus medos, deixam de fazer o que realmente sentem vontade de verdade e reclamam de tudo e de todos. Pessoas que poderiam fazer mais e se deixam levar pelo medo asqueroso que fica rondando cada passo que damos ao desconhecido. Sim, o desconhecido e o medo andam juntos e ambos são feios e assustam mesmo, mas tem horas que se não os enfrentarmos de cara, eles vão ficando maiores e sem limite, tolindo aos poucos nossas forças e desejos de sermos cada dia mais felizes. Por enquanto, caminhando no escuro vou manter a luz acesa, mas tenho certeza que com o tempo os olhos acostumam e tudo fica mais claro e fácil de enxergar.