quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Reduzindo para Aumentar

Todo final de ano c'est la même chose. Começamos a dar aquela desacelerada para pensar no que fizemos de positivo ou não no ano que se prepara para dar adeus. Para quem é sistemático, assim como eu, que escreve suas resoluções de final de ano e ainda, literalmente, assina embaixo se comprometendo a cumpri-las, tem neste período um checklist redondo dos projetos que foram conquistados, aqueles que conseguimos finalizar ou pelo menos iniciar seu caminho. E claro, todos os outros projetos que não saíram do papel e que pertencerão á lista do próximo ano. Meio que empurrar com a barriga, mas com a promessa (sempre!) de que “darei cabo no assunto no ano que vem”. Além disto, ainda tenho a loucura de separar as resoluções por áreas: profissional, social, amor, família, saúde, material e outros (!)...uma beleza, caso perfeito para psicólogos de plantão. Mas independente das organizações, todo final de ano traz um pouco de reflexão, palavra naturalmente profunda e interessante: REFLEXÃO.... Da vida de um modo geral, das etapas que vamos passando e tirando tudo o que é bom das experiências boas, assim como dos erros experimentados meio a contra-gosto. Logo, logo chegará aí mais um ano cheio de surpresas e novos acontecimentos. Pacote perfeito para crescermos como ser humano e também respirarmos novas idéias e ainda, simplesmente, fazer o bem! Ótimo não? Pois então, acelerem os motores! Que venha 2008!

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

O louco que nos habita

Sabe aquela figura louca que habita nosso interior e que de vez quando desperta com ferocidade total? Aquele louco tem seu lado bom e ruim. Tem situações que precisamos de uma certa insanidade, ou seja, um pouco mais de coragem para tomar decisões sem pensar muito. Neste caso, este louco vem bem a calhar, com suas idéias mirabolantes e sem freio na atitude. Já em outras situações em que você não acredita mais no seu lado sadio, o louco perturba e te enche de caraminholas na cabeça. O louco que nos habita cresce mais que nós mesmos e vai ganhando forma em nossos corpos. Diz coisas que não sentimos, faz bagunça no nosso ego e distorce nossas visões de mundo e de tudo que nos cerca. E mais, este louco que nos habita faz que concordemos somente com ele, não deixando abrir espaço para a opinião alheia. É, mas apesar de toda esta carga negativa, este ser insano um dia vai embora e deixa como resultado muita reflexão, algumas risadas das loucuras que passamos ao lado dele e o quanto pensamos que a vida pode ser louca e difícil, mas também doce, doce.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

O Segredo de Quem Somos (e com quem contamos)

Tudo aquilo que escutamos dos outros, dos amigos, dos filmes e livros de auto-ajuda sobre o poder de termos o que queremos ter, é verdade. Tudo aquilo que já foi dito e explicado através das mais bizarras teorias sobre este assunto, é verdade também. Parece-me que o segredo de tudo isto, é de como somos e pensamos. Se formos pessoas confiantes, teremos resultados confiantes. Se pensarmos positivo em algum projeto, com certeza tudo ocorrerá bem. Isto não tem erro! Não existe outra fórmula. É o mesmo princípio, eu acho pelo menos, de emagrecer. Não há outra maneira, a não ser comer menos x exercícios físicos. Isto tudo está resolvido na minha cabeça. A minha questão é: e aquele pensamento incômodo que surge cruzando o caminho do bom pensamento? Aquele que angustia, mesmo você estando em seu estado mais Polyanna misturado com um certo ar Odara? Porque ele cisma em chegar? Mesmo espalhando por todos os cantos frases mais que estimuladoras, como “Nunca desistir dos sonhos!”, “Transformar obstáculos em resultados”, “Vamos que vamos!”, este pensamento com um pé no negativo e no medo acaba surgindo. São nestas horas de um certo descontrole mental que procuro me cercar de bons amigos e conselheiros bacanas, que mesmo tendo uma noção que meu pensamento negativo tem um certo fundamento, fazem o papel de “levanta a moral, está tudo indo bem!”. São estes verdadeiros levanta-moral-de-todo-mundo, que devemos contar nos momentos dos “serás?” da vida. E no final, dá tudo certo!

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Poeira Sacudida

Na antiga música, a analogia é perfeita. Levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima. Na vida, parece que segue a mesma lógica também.

Mas tem certos tipos de poeira que são difíceis de desgrudar do corpo e dos móveis. Poeira grossa, chata, que gruda com o mais bobo vento e ás vezes até entra nos olhos e vira conjuntivite ou no mínimo uma irritação ocular. Claro que tem aquela poeirinha de leve, que é só passar um paninho e pronto. Mas esta poeira não conta, qualquer um pode lidar sem mistérios e ás vezes nem precisa tirá-la do lugar. 

Para os super especialistas em faxinas do nível punk, a poeira vai embora e dificilmente volta. Mas para aqueles que a faxina parece ser um suplício, dá-lhe água, sabão, balde e esfregão, quiçá um desinfetante para limpar ainda mais e não deixar resquícios da sujeira. Mas se isto não é tudo, é aí que entram os profissionais do assunto, que chegam com a sua equipe mais que montada, com os equipamentos de última geração para limpar cada cantinho. 

São estes amigos que dão o suporte necessário neste momento de limpeza e de colocar as coisas nos seus devidos lugares, sem drama, sem estresse. Já contei com a ajuda deles, assim como já me equipei de panos e baldes e corri atrás da limpeza sozinha. Em ambas situações, o importante foi o resultado: casa limpa e organizada...e por um tempinho, as janelas fechadas.

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

O Vento que Bate no Rosto...


Toda ação gera uma reação. Todo vento cria movimento. A cada pedrinha jogada no lago é uma festa. 


Tem momentos em que uma simples atitude de mudança gera tantos acontecimentos juntos que nem temos tempo para pensar se são coisas boas ou não tão boas assim. Mas são de alguma forma: movimentos. 

Um simples “não” abre tantos caminhos bloqueados que sempre penso porque não fiz isto antes. E se é sempre tão fácil assim, qual a razão de tanto bloqueio de pensamento? De travas que não fazem a roda girar, as novidades acontecerem e os velhos conceitos irem embora? As soluções podem estar ao alcance de todos, mas talvez precisemos entrar por caminhos mais tortuosos e conseqüentemente mais dolorosos. Talvez assim possamos dar o valor necessário à conquista final. 

Não há graça naquilo em que se é dado por dar, sem persistência e suor.... eu pelo menos acho assim. Sentir o doce prazer de ser livre e tomar nossas decisões como bem entender é mais interessante quando conhecemos o oposto. Então, será que precisamos sofrer para conhecer o prazer? Não sei. Só sei que ao acharmos a saída no final do túnel, tudo fica mais claro e óbvio e aquela sensação de liberdade que temos é tão intensa quanto o vento que bate no rosto, seja de moto, bicicleta ou num simples ônibus.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Apresento-lhes, O Medo.


Medo de trovão, cobra, choque e escuro eu sempre tive. Medos assim fáceis de identificar são também mais fáceis de enfrentar. Mesmo que eu nunca encontre de frente com uma cobra, o medo existe e se acontecer de cruzar com uma, vou tremer de medo. Apesar de tudo, eu tenho mais medo daquilo que eu não sei que tenho medo. Mesmo sem muita lógica, este medo que não conheço, me apavora mais que os outros que tem cara e nome. Medo do desconhecido, daquilo que nunca enfrentei e que nem sei como funciona ao certo e pior, que terei que enfrentar sozinha, na maioria das vezes é horripilante. Ao mesmo tempo, dentro deste cenário de filme de terror, a sensação do medo é tão natural quanto impulsionador. Talvez se não sentisse medo, o tal freio que temos internamente não funcionaria enquanto estivéssemos em alta velocidade, em nossos projetos e sonhos de vida mais altos. Ainda bem que ele existe e desperta mais curiosidade em conhecer novos caminhos e oportunidades, mesmo diante dos maiores obstáculos que teimam em aparecer até para a pessoa mais corajosa do mundo. Este medo que carregamos, cada um do seu modo, não pode fazer com que travemos na primeira hora. Ele tem que nos ajudar a colocar as idéias em ordem e fazer com tenhamos mais cautela nas complicadas escolhas. Conheço pessoas que por conta dos seus medos, deixam de fazer o que realmente sentem vontade de verdade e reclamam de tudo e de todos. Pessoas que poderiam fazer mais e se deixam levar pelo medo asqueroso que fica rondando cada passo que damos ao desconhecido. Sim, o desconhecido e o medo andam juntos e ambos são feios e assustam mesmo, mas tem horas que se não os enfrentarmos de cara, eles vão ficando maiores e sem limite, tolindo aos poucos nossas forças e desejos de sermos cada dia mais felizes. Por enquanto, caminhando no escuro vou manter a luz acesa, mas tenho certeza que com o tempo os olhos acostumam e tudo fica mais claro e fácil de enxergar.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Qual a medida para um saco encher?


Até quando podemos aturar a grosseria de alguém? Até que ponto você está se reduzindo? Ou simplesmente tem mais estômago para aturar certos tipos de situações melhor que outras pessoas? Afinal de contas, qual é a medida para o seu saco transbordar? Descobri recentemente que o meu saco de paciência tem medidas diferentes para cada situação na vida. Um saco para alguém que grita grosserias a torto e direito é o menor de todos, afinal de contas, quem gosta de se sentir humilhado? Ninguém.....Tenho esta certeza. Mas, alguns conseguem agüentar mais que outros, com tanta coragem e força que faço esta pergunta sempre: Como alguns agüentam engolir sapos enormes e continuam bem? Fiquei pensando e descobri que além de diferentes situações, talvez a medida do saco de cada um varie conforme a idade. Sinto que os representantes dos 20 anos têm o saco pequeno, mas são mais medrosos para falar o que sentem, deixando-o encher, quase transbordar e depois jogando-o fora em qualquer lixeira por aí. E os de 30 anos, parece que o saco é ainda menor, e pior, adoram pegar o que está dentro e jogar em cima do motivo da irritação. Já os de 40 anos, transparecem ter mais paciência, engolem sapos-bois elegantemente, mas sabem digeri-los como ninguém ...... E o saco aumenta de tamanho....... Impressionante! A turma dos 50 tem o saco ainda menor que os de 30, mas os sacos são transparentes, quem quiser, pode ver o que está lá dentro e dane-se! Ah!!! Que medida é a ideal então? Seguiria esta lógica? Outra preocupação é o que fazer com que está dentro do saco? Jogar fora, guardar? Ainda fico confusa. Em ambas situações tive respostas positivas e negativas. Talvez seja jogar fora, guardar sacos cheios de ilusões, tristezas, perdas e decepções faz mal, depois, quem sabe não achamos estes sacos podres com risco de vazamento e sabe-se lá o que pode acontecer? Explosão? Saco grande, pequeno, transparente ou não, o importante talvez seja que tenhamos cada um o seu e que nunca, nunca seja furado. Aí sim, um saco sem fundo não agüenta nada, fica sempre disponível para enchê-lo eternamente. Beleza! Vamos caminhando, cada um com o seu, na sua medida. E viva o saco nosso de cada dia!

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Equacionando...


Sabe aquela situação difícil? Que nem a macumba mais poderosa consegue dar jeito? Aquele problema que dá preguiça de resolver? Pois é, eu adoro! Vai entender a mente humana. Mas eu gosto, fazer o quê? Anos de análise talvez um dia me expliquem, mas até agora eu finjo que é normal e repito a seguinte máxima do mundo corporativo: eu gosto de desafios! Mas é verdade. Nada muito fácil me atrai. As coisas fáceis me dão sono, cansam. As difíceis que fazem a cabeça doer de tanto pensar, me dão fibra. Um trabalho simples e bobo me emburrece. Já um nó de marinheiro ou um monte de fio enrolado me distraem. É uma mania tão esquisita, que prefiro ás vezes deixar um armário ficar bem bagunçado, a ponto de ter que arrumar mais do que se estive levemente desorganizado. Que graça tem de algo que se consegue fácil? Lógico que adoraria ganhar na Mega Sena sozinha, milhões e milhões. Mas o correr atrás me enobrece. Você analisa seu caminho e vê o esforço e dedicação que fez, sente orgulho. É esta sensação de missão cumprida que tenho quando executo uma tarefa complicada. Mas não só de trabalho, as coisas difíceis são mais divertidas. Uma pessoa difícil tem a sua graça. Aquela leve esnobada é interessante, soa diferente, afinal de contas, o que aquela pessoa tem? É isto que nos perguntamos quando alguém “se faz de difícil”, não é? Que desafio tentar desvendar os mistérios de alguém difícil, que não abre a guarda, que esconde todos os segredos e vai desvendando aos poucos o charme das atitudes, típico de uma pessoa difícil, muito mais bacana que uma pessoa fácil de ser descoberta. Isto não quer dizer que a pessoa tenha que se fazer de difícil o tempo todo, mas aquele certo mistério..hummmmm....Dá mais curiosidade. E ser curioso faz parte da personalidade de quem gosta de desafios, é uma sensação meio Sherlock Holmes. A única coisa que não gosto são de problemas matemáticos. Este tipo de quebra-cabeça não me chama atenção. Talvez seja trauma de adolescência! Mas apesar do trauma, ainda hoje sinto vontade de pegar alguns probleminhas e cálculos para brincar um pouco. Assim como faço com as placas de carro, fico calculando para reduzir todos os números a zero. Maluquice? Talvez, mas é um prazer enorme também. E cada maluco com a sua doideira! Aliais, como é mesmo a equação de segundo grau?

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Você tem fome de quê?

Quem consegue descrever alguns prazeres que sentimos de forma tão intensa? Venho pensando de um tempo para cá em uma lista de pequenos prazeres que fazem a endorfina bater o seu ponto mais alto no organismo. E checando esta lista, percebi que o pouco é muito, que para conhecer a tal felicidade é fácil. Difícil é aceitar que pouca coisa pode nos fazer tão feliz. Que não precisamos de uma grande viagem para sentir o prazer de conhecer um lugar novo. Que não precisamos de muita grana assim, para comer uma comida espetacular e muito menos para sentir o calor do sol. Pequenos prazeres que constroem belas estórias de amizade, amor e paixão. Como somos felizes em morar numa cidade que apesar de todas as loucuras e violência diária, tem a Lagoa, tem praia aberta a todos e lugares tão democráticos que você pode encontrar os mais diversos tipos de amigos, do mais mauricinho ao mais louco. O prazer de escutar uma música que bate diferente em você e faz lembrar da infância ou de um momento incrível. Alguém engraçado que te faz rir de quase tudo, mesmo no mais estressante momento do trabalho, quando você não pode desconcentrar. Ou ainda, o prazer picante do sexo que faz ver estrelas e que não tem nada, nada, NADA.... equivalente, ou pelo menos até agora não conheci. O prazer de quando dançamos da nossa forma, mesmo que de um jeito esquisito e de repente perceber que estamos quase em transe ou ás vezes já estamos, numa onda de prazer inacreditável entre a música e o corpo. Outro prazer que havia esquecido e apareceu na minha vida de novo, é o esporte. Suar, se soltar, competir, voltar a brincar como uma criança. Bom...muito bom. E mais ainda, se reunir com pessoas queridas em torno de uma mesa e falar sem parar, sem pressa de acabar, pelo simples prazer de estar junto.

Porém o prazer não é só aquele que te faz bem, mas que faz o outro bem também. Que delícia ver alguém que você queira bem, tranquilo, em paz, conquistando as coisas pouco a pouco, aprendendo.... e você ali, ajudando. Ajudar dá prazer! Ainda tem o prazer de uma boa comida, de um vinho perfeito, de um chocolate incrível, cachoeira, cerveja gelada, de um silêncio necessário, de um filme, da adrenalina de uma aventura, mesmo sendo em uma segura montanha russa, de escrever, de ler, de amar e ser amado, do carinho dos pais e família, de dormir quentinho, de cafuné, massagem........enfim, a lista é extensa e variará conforme a vida de cada um e os conceitos que carregamos de alegria.Vale tudo, desde que não prejudique ninguém.

Se você não compreendeu nada do que foi citado, está mais que na hora de libertar essa endorfina adormecida e ir á luta. A vida é bela demais para assistí-la passar sem participar intensamente de cada etapa. Tenha fome de viver! Garçon! Cadê a comida?????

quarta-feira, 13 de junho de 2007

As xícaras quebram e os pires ficam...

Outro dia, escutei esta frase sem querer, quando minha avó constatou que quebrara mais uma xícara do seu conjunto de chá. Era a segunda xícara que se partia e ela reparou que mais uma vez perdia uma xícara e o pires que fazia par, ficara sozinho. Achei a frase interessante. Porque venho pensando nas últimas vezes que escrevi para este blog, sempre numa mesma questão: relacionamentos. 

Sendo a minha cabeça prática e objetiva, assim como a maioria das capricornianas, relacionamentos acontecem e acabam como qualquer outra coisa na vida. E o que não serviu, o que foi ruim, sempre digo que coloco numa caixa lacrada lá em cima do armário para nunca mais lembrar. Porém, tenho notado que com a idade, e não me digam que 30 anos não pesam porque pesam sim em alguns sentidos, esta história de esconder coisas ruins de si mesmo não é bacana! Porque no fundo no fundo, elas voltam com força total quando o assunto por alguma razão surge. Quer dizer, a razão de surgirem pode ser qualquer uma, a questão não é esta. A questão é que elas aparecem porque não são resolvidas. E não falo das pessoas que fizeram parte de determinado tipo de relacionamento, que podem ser relacionamentos entre amigos, namorados, amantes....Falo das situações! As situações não resolvidas internamente com certeza voltam. 

É isso, as xícaras quebram, ficam os pires, sem par ficam sozinhos, mal- resolvidos. Se comprarmos uma xícara parecida para combinar, nunca será igual. Ficará esquisito. Se juntarmos os caquinhos, teremos uma xícara igual, porém remendada, toda colada. Qual a solução? Descartar o que ficou sem par, dando solução para um pires sem utilidade. Ou usar como suporte para o vasinho de plantas, assim o pires ganha novo uso, nova identidade? Ainda não aprendi ao certo. Continuo freneticamente jogando tudo fora e comprando novos jogos, completos, para depois sem querer derrubar um aqui outro acolá.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Perguntas para o Inexplicável Sentimento de Amar

Queria saber como o amor por alguém nasce. Sei que é meio ridículo, mas não entendo certas sensações e tento procurar explicações lógicas para as coisas inexplicáveis como essa. Os românticos de plantão que me perdoem, mas qual seria esta explicação? Como de repente começamos a sentir algo que vai além do desejo, paixão e tesão e vira amor? Um amor que você começa a acreditar em um monte de baboseira, que acha graça da coisa mais idiota que o outro fala. Que o feio lhe parece um espetáculo, que o chato encanta? Este sentimento que gera tantas dúvidas e insegurança é ao mesmo tempo tão gostoso de sentir. E aquele que é o amado gosta também de saber que é tão admirado por outra pessoa, não? Qual a explicação para se amar alguém tão intensamente mesmo sabendo que nunca será correspondido? Porque o nosso raciocínio lógico concorda com isso? Não deveria. Se não temos a correspondência de tanto amor, para que continuar com tamanha devoção? Pois bem, mesmo com todos os conselhos, as palavras de apoio e etc, ninguém manda nesta área que nós mesmos. E que mesmo assim, não consegue mandar em nada! Continuaremos amando sem sermos correspondidos? Cadê o botão para desativar este sentimento para estes casos? E será que temos uma quantidade infinita para amar várias pessoas? Ou será que temos um limite, do tipo: chega, agora já amei muitas pessoas! E como classificamos o tamanho do amor? Um é maior ou menor que o outro? É possível aprender a amar alguém? Seria tão fácil assim. Você conhecia alguém que te ama, mas você não. Mas você aprende e pronto, amaremos todos! Qual a idade que você começa a amar de verdade? Eu sempre achei que foi com 6 anos. Eu tenho certeza que amei uma mesma pessoa até os 10! 10 anos de idade! Será isto verdadeiro? Poderia voltar a amar esta mesma pessoa? É possível? E o amor á primeira vista? Quem experimentou? É balela? Acredito que não. Mas concordo que é meio estranho...... mas de fato, existe! Assim como deve existir a explicação lógica para este sentimento tão bonito e cruel. Não quero explicações orgânicas e químicas, que apesar de serem mais lógicas, são mais chatas. Quero explicações lógicas, mas cheias.........de amor! Piegas sim! Mas amar é isso mesmo, certo?

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Leila Diniz de Burca



O que será que passaria na cabeça de Leila Diniz caso ela estivesse viva em 2007, vendo como as mulheres não evoluíram no campo sexual como ela imaginava, depois de sua breve passagem na terra? Talvez ela não compreendesse como que depois dos agitados anos 1970, a mulherada ainda continua com a cabeça de alguns séculos atrás. Ainda reina entre os homens, e pior ainda, entre as próprias mulheres, que existe uma mulher para se casar e uma para “vadiar”. Esquecem de tudo o que foi dito no campo do prazer sexual feminino, da liberação sexual, do sexo casual, enfim, esqueceram o quanto a humanidade caminhou até então nessa área. No livro O Livreiro de Cabul, que relata as condições pelo qual as mulheres do Afeganistão vivem e o que são submetidas em pleno século XXI, a autora cita alguns trechos de poemas feitos por corajosas mulheres daquele país, que relatam as suas vontades e desejos em textos eróticos belíssimos. Isso deixa claro que mesmo por debaixo da burca existe desejo ardente, vontade de viver suas fantasias de forma livre. Não é intrigante o quanto uma mulher no Brasil, que julgam ser um país aberto as estas questões, se submete a aceitar que o seu desejo pelo sexo é algo sujo? O pensamento de que o homem que come todo mundo é garanhão e a mulher é galinha, ainda é usado! A impressão que se dá é que a geração de hoje dos 20 e 30 anos tem a cabeça mais antiquada que os nossos avós. Socorro! Quero viver em outra época! O que aconteceu com tudo que passamos e foi registrado? Coitada da Leila Diniz...tudo o que ela falou e as críticas que recebeu na época pela sociedade machista e preconceituosa foram em vão? Como será a próxima geração de adultos? Mais quadrados? Mulheres? É isso mesmo? Por favor, comprem o livro, lêem e cheguem à conclusão que a burca aqui é invisível, mas é usada pela grande maioria de nós!

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Com quantos elogios se faz uma canoa?


Você faz um belo trabalho e o seu chefe não comenta nada, inclusive critica um detalhe que você considerava perfeito. Você sai de casa se sentindo uma top model e ninguém comenta, nem assobio de porteiro recebe. Você ganha um prêmio esperado e ninguém elogia a ponto de você achar que valeu a pena. Isso me faz perguntar o quanto dependemos da opinião do outro para realmente acreditar naquilo que por alguns instantes realmente acreditamos. Você conhece alguém tão seguro de si que consiga viver tranqüilamente sem a opinião de terceiros? Tudo bem que seria um exagero dizer que dependemos 100% dessa opinião, mas um pouquinho.... Mas aí é que está. Essa medida é tão pessoal e talvez mude conforme o momento da vida. E também é muito fácil alguém dizer da boca para fora que não liga para comentários alheios, que tem segurança de tudo o que faz na vida e pronto. Duvido, que mesmo depois de apresentar um projeto que dependa da aprovação do outro e não ter o resultado esperado, você não fique se questionando o que fez de errado. Isso tipo de coisa bota a cabeça para fervilhar. E as pessoas sacanas que percebem isso no outro podem em alguns momentos detonar sua confiança. Quem nunca passou por isso no trabalho? Adianta seus pais, que te conhecem como ninguém (certo?) afirmarem que você é o máximo, se o seu chefe coloca na sua cabeça que você é incompetente? O que você faz? Liga o F... e pronto? Mas qual será o meio de descobrir se isso é ou não verdade? Seus pais, á princípio sempre concordarão com você, mas o seu chefe também pode ser invejoso, ou não quer elogiar para você não pedir um aumento....Ou será que você é incompetente mesmo? E se você está malhando desesperadamente, acha que conseguiu um resultado bacanérrimo e um amigo pergunta quando você vai arrumar tempo para voltar a malhar? Você continua se sentindo saradão? Ou ele também é invejoso? Ou coitado, está sendo apenas sincero e está lhe dando um toque? Qual a medida? Uma vez conversando com uma amiga, chegamos à conclusão que temos que ser meio metidos mesmo. Não a ponto de sermos arrogantes, mas de bancarmos um pouco a nossa opinião do que achamos de nós mesmos. Confesso que tenho uma certa invejinha branca desse tipo de confiança, mas em alguns períodos da vida senti isso bem perto, como se fosse algo que me libertasse dessa agonia, muito bom....Gostaria que a minha canoa precisasse de alguns gravetos e não de toras de madeiras para flutuar bem longe. E a sua?

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Qual é a sua?

Na época dos meus pais, o caminho “natural” das pessoas era chegar por volta dos 20 e poucos anos casados e tendo filhos ou pelo menos planejando. Hoje em dia, quando penso nessa trajetória, fico assustada, pois se fosse como eles, eu já estaria casada um tempo e com pelo menos dois filhos. O estranho é que não consigo enxergar isso no meu dia-a-dia, apesar de ter sido casada. Olho meus amigos em volta e não entendo como estamos caminhando. O que é considerado “normal”? Seremos avós com quase 80 anos? Experimentaremos mais possibilidades de relacionamentos? Outras possibilidades de construir uma família? Essas questões me deixam confusa e angustiada. Não sei dizer se é porque penso demais nos temas, mas me preocupo cada vez mais. E me preocupo, pois tenho a sensação que todos querem mais variedade e muito mais experiências antes de qualquer coisa, antes do tal chamado casamento. Parece que somos ratinhos de laboratório correndo em um labirinto cheio de opções de entradas e saídas, tontos, sem saber para aonde ir. Ora queremos ser livres, ficar com quem quisermos, sem dar satisfação e ora queremos compromisso, alguém para ficar junto e compartilhar a vida! Ás vezes penso que poderia ter duas vidas correndo em paralelo, só para comparar o que seria melhor. Já que não possível comparar um período de namoro longo em tal idade e momento x da vida, com um tempo de solteira frenética em outro determinado momento.

E ser solteira nessa cidade e na casa dos 30, é ter que aprender a lidar com a paciência. É como uma amiga disse, que não tem mais vontade de ficar falando quem ela é, o que faz e blá blá blá para o outro...Nesse caso, acabamos nos envolvendo com os mesmos, os de sempre que estão mais ou menos disponíveis e nós já conhecemos. Ao mesmo tempo, aturar aquele lado que chamo de “mô” no início de namoro é dose. O lado mô pelo menos para mim, é o lado mais chato de um começo de namoro. É aquele momento de inventar nominhos e por pura falta de criatividade um chama o outro “mô”. Não dá! É muito chato. Será que sou eu que ando meio de saco cheio ou será que somos todos nós, correndo atrás de coisas que nem sabemos o que são. O que fazer? Dessa vez deixo esse texto sem muitas respostas, porque acho que daria um debate longo, para se pensar muito. De qualquer forma, ficar sozinha nessa cidade no inverno é deprimente, domingo no cinema então...Quem já experimentou essa sensação sabe do que estou falando! Ao mesmo tempo, sair com vários solteiros por aí sem destino é tudo de bom! Olha a confusão de novo. Mas o que fazer então? Esquerda ou direita? A ou B? Alguém se habilita a responder?

quarta-feira, 21 de março de 2007

Prefiro a sinceridade que machuca do que a mentira que mata!

Vamos deixar claro aqui uma coisa: mentira tem perna curta! Toda mentira funciona da mesma forma. Mais cedo ou mais tarde alguém descobre. Não tem jeito. Tudo seria mais fácil se fôssemos mais sinceros uns com os outros. Escrevo nesse texto sobre a mentira nos relacionamentos, homem e mulher, homem e homem, mulher e mulher....ou seja, relacionamentos amorosos: beijo na boca, sexo, carinho. Pois então, aquela frase dita na hora mais empolgante só para ficar “mais empolgante” não deixa de ser uma mentira só porque foi dita olhando nos olhos. Se não é real, é mentira e não vem que não tem. Para quê então dizer? 

Lanço a campanha aqui a favor da sinceridade, pois prefiro a sinceridade que machuca do que a mentira que mata. E mata mesmo. Mata a alegria, o sentimento recíproco do gostar de estar com alguém, da curiosidade dos próximos acontecimentos que virão. A sinceridade diz a que veio, bota a cara a tapa, mas deixa claro o que realmente se deseja. É simplesmente sexo? OK. É vontade de ficar com alguém mais tempo? OK. É pura carência? OK também. Pronto, resolvido! 


Agora, preocupo-me também com aqueles que sabem que estão escutando uma mentira e fingem que acreditam, apenas por ser mais fácil de assimilar. Besteira, o inevitável acontecerá. Quando a mentira vier à tona, explodirão as cobranças, as chateações, a decepção e tudo de ruim que caminha junto. Agora, como disse, a sinceridade machuca. Mas se machucar você passa remédio e sara. Pode ser uma cicatriz mais demorada, daquelas que levam meses, anos, mas desaparecem. É só pensar nas pessoas que já foram sinceras em seus relacionamentos. Passaram por um período doloroso, mas depois seguiram firmes e mais fortes, pois aprenderam a escutar os seus próprios sentimentos. Além disso, compreenderam que escutar a verdade é justo e a melhor opção a se fazer. Isso vale para quem conta uma mentira também. 


Mentirosos de plantão: acordem! Vamos ativar o lado sincero da vida e viver sem peso de consciência, sujeiradas e afins. Tenho certeza que ainda dá tempo.

sábado, 10 de março de 2007

A.M.I.G.O.S.



Queria escrever sobre amizade. Mas sei lá, penso ás vezes que é um assunto meio batido. Todo mundo escreve sobre isso de alguma forma e não queria que soasse banal. Gostaria de passar exatamente o amor lindo que sinto ao estar com meus amigos, aqueles que mesmo não me conhecendo tanto tempo, riem das besteiras que falo, me dão colo quando preciso, escutam e discutem sobre a vida. Amigos que ás vezes nem vejo, apenas “teclo” no Messenger conversas profundas e cheias de emoticons. Queria escrever e deixar registrado que sem eles, a vida fica mais sem sal, sem gosto. Queria dizer que eles também podem contar comigo para o que der e vier e isso não é conversa de carioca não, é sério. Queria dizer que todos, cada um com o jeito, são essenciais para a minha alegria e inspiração. Até aquele mais mal-humorado tem seu lugar e faz falta quando não aparece por um tempo. Também é bom deixar aqui registrado, que mesmo aquele que não liga, some e não “tecla” no Messenger faz parte do grupo que chamo de amigos, porque penso com carinho nos momentos que vivemos juntos e sei que se agora não é possível estar tão perto, estamos conectados de alguma forma. Além disso tudo, gostaria de deixar mais um registro: chamo de amigo, não só aqueles que não são meus parentes de sangue, mas também a minha família, ou seja, irmãos, primos, pais, tios e avós, pois todos fazem parte do grupo que preenche a minha vida. E amigo, você que está lendo esse depoimento, sinta-se querido, amado e homenageado com esse singelo texto, escrito sem forma e corrido, mas com certeza, sincero. Como disse no início, não queria que soasse comum, era para ser escrito com todo amor que sinto por cada um, e foi! E para terminar, a clássica frase das pessoas que amam. Frase que mesmo pequena e tão conhecida, ainda é “a frase” e que imagino que só pode ser dita de forma franca e intensa: TE AMO!

domingo, 25 de fevereiro de 2007

O Melhor Carnaval do Mundo!


Nesses frenéticos dias de carnaval, em que passei na minha cidade Maravilhosa com M maiúsculo, que percebi o quanto a vida fica divertida quando literalmente soltamos as fantasias que temos e esquecemos por alguns dias de compromissos, horários e regras. A história do Carnaval vem mesmo desse sentido de liberdade, de dias sem patrão e empregado, em que não há quem manda em quem, apenas a pura e simples diversão dos dias em que somos reis, odaliscas, palhaços e diabinhas. Bom isso! Você encontra alguém fantasiado ou não e brinca. Brinca de ser aquele que enfeitiça, que não tem medo do olhar do outro. Em que outra situação podemos correr e pular por aí cantando marchinhas inocentes e entoando sambas enredos com a mesma disposição das 8 da manhã até ás 10 da noite? Não tem! Esse fôlego, ás vezes disfarçado em meio à fadiga que teima em aparecer no finalzinho do Carnaval, é incrível e soa esquisito aos olhares daqueles que não curtem o Carnaval com a mesma intensidade ou poderíamos exagerar e dizer, como a mesma paixão? Ah, que propaganda chata que insiste em ficar em nossas mentes com o seu slogan “ah, o verão”, mas que é pura, pura verdade. Podemos pegar emprestado e dizer, “ah o Carnalval!” Ai ai....Parabéns para nós que pulamos, brincamos, divertimos e cantamos na mais santa paz (ás vezes nem tanto), que respeitamos a cidade e seus foliões na mais eterna alegria e criamos um clima de felicidade contínua com o Rio de Janeiro. Cidade que nos deu blocos aos montes, infinitos “ambulantes” que vendiam de tudo um pouco a 2 e 3 reais sempre negociáveis, dias lindos de morrer com sol quente e firme e pessoas lindas de doer os olhos assim como as bocas. Lindas por dentro e por fora, diga-se de passagem. Pois nunca tive tantos amigos bacanas e solidários ao mesmo tempo, que nos esperavam no momento xixi, que espantavam qualquer mala sem alça e que fizeram a conta do celular aumentar assustadoramente de tanta comunicação, bendito seja esse aparelho! Quem não curtiu, seja por qual por motivo for, pena....perdeu. Mas OK, ano que vem tem mais, calor, suor, samba, marchinha, cerveja, beijo na boca e cansaço nos pés, tudo isso vale para curtir o que muitos já estão chamando de o Melhor Carnaval do Mundo!

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Você conhece todas as formas de amar?

Outro dia uma amiga minha escreveu a seguinte frase em uma rede social: CONHEÇO TODAS AS FORMAS DE AMAR. Puxei papo, pois achei essa frase tão profunda que resolvi questioná-la sobre o assunto: Você conhece mesmo todas as formas de amar? Ela pensou, pensou e chegou à conclusão que faltava apenas uma, no auge dos vinte e poucos anos.....não conhecia a forma de amar como mãe. Ui! Aquilo bateu mais forte ainda, afinal de contas, como saber de uma forma de amor desse nível, sem experimentá-la? 


Fui buscando no meu HD orgânico todas as possibilidades de já ter passado por essa sensação, sem ter tido um filho. E fiquei analisando ex-namorados, ex-marido, amigos verdadeiros, irmãos, primos, pais, avós........enfim, fui buscando todas as formas de amar que já conheci e que foram tão diferentes uma das outras e parecia que nada batia com o amor de uma mãe com o seu filho. Entretanto, de repente, surgiu uma lembrança de um momento único na minha vida que senti algo que poderia ser “um pouco” parecido, pelo menos na essência. E lá estava a carinha linda e nariguda do “macarrão”, um basset simpático e birrento que cuidei durante mais ou menos duas semanas alguns anos atrás. 

OK, muita gente ama cachorro desde criança, já chorou e sofreu junto daquele que consideram o melhor amigo do homem. Pois é, mas eu nunca havia tido algum tipo de contato com cachorros. Não sabia o que era aquele sentimento que julgava ser extremamente exagerado. Inclusive sentia muito medo. Tinha medo de um ser peludo que latia e pulava, mas acho que na verdade tinha medo do desconhecido. Esse desconhecido que todos diziam ser um amor único, como um amor de mãe com seu filho. Quando descobri que eu e um namorado da época iríamos cuidar de um apartamento de um amigo que tinha que viajar por duas semanas e não tinha ninguém para deixar o seu basset, fiquei em pânico. 

Como faria? Se ele latisse e me mordesse? Se fizesse xixi e cocô no meio da sala? Se sentisse fome e eu não percebesse? Macarrão fez isso e mais um pouco e foram justamente todas essas situações que fizeram com que eu cuidasse com mais zelo e carinho do “meu” basset. No começo, é claro, até ele desconfiava de mim. Devia pensar: O que essa menina vai aprontar comigo? Ela é confiável? Mas aos poucos, fomos dando confiança um ao outro e aquele cachorro marrentinho começou a deixar que eu chegasse mais perto. 

O auge foi um dia que cheguei sozinha no apartamento, deitei na cama para assistir TV e ele veio com a maior calma, subiu, foi se enroscando em mim, até ficar debaixo dos meus braços e deixou que eu fizesse carinho. Ficou ali, quietinho, recebendo cafuné. Foi neste momento em que dois seres que não falam a mesma língua, se entenderam perfeitamente e foi dessa forma que compreendi o que é o amor incondicional. O amor sem pedir nada, o amor suave, a troca........ talvez o Macarrão nunca entenda o quanto ele mudou em mim, nem coitado, saiba que esse sentimento que tive foi uma amostra dessa forma de amar tão intensa. Mas quero deixar registrado: Valeu Macarrão!

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

Saudades?

Minha avó costuma dizer que não entende como algumas pessoas não sentem saudade. Saudade do que já passou e não volta mais, daquilo que se sentiu, do cheiro de um lugar, do sabor de um doce que ninguém consegue fazer igual. Mas estranhamente essa saudade tão comentada, essa coisa nostálgica que ás vezes causa angústia em alguns, ainda não me foi apresentada. E isso é para parar e refletir.

A palavra saudade tem origem no latin, “solitas, solitatis" que significa solidão. Pois é, acho que seria por isso que não sinto saudades, pois não me sinto só, pelo contrário, mesmo no meio da maior multidão de desconhecidos no centro da cidade, sinto sempre a presença de alguém, ou seja, de mim! Da mistura que somos formados.... Idéias, confusões mentais, loucuras, é tanta informação que carregamos que se fossemos conversar com a nossa própria pessoa, teríamos assuntos sem fim. Falaríamos da nossa infância, do cheiro de mar nas férias, dos assuntos mais irrelevantes, das manias estranhas que ninguém entende, das neuroses e crises, da alegria de estar amando alguém, do dinheiro que foi embora e das inúmeras besteiras que fizemos anos atrás. Pronto! Companhia melhor que nós mesmos não temos. Mas isso não é uma ode ao ser sozinho, solitário, é apenas um alívio sabermos que podemos contar conosco mesmo, afinal, se já chegamos até aqui sozinhos e caminhamos mais um tantão da mesma forma, podemos nos dar esse crédito, certo? Claro, que podendo contar com amigos a vida fica mais divertida, rica de novas informações e troca.

Saudade? Não, não é isso que sinto. Queria outra palavra.....pode-se dizer que tenho boas lembranças de tudo que passou pela minha vida e as coisas ruins que aconteceram....bom, isso a analista já me ensinou: pare de colocar numa caixa em cima do armário, lacrada e esquecida. Abra, tire tudo que está lá dentro, analise cada coisa feia, por mais que dê medo e aí assim guarde se quiser ou jogue fora...melhor, recicle! Quem disse que a nossa mente também não pode ser ecologicamente correta? E pronto....próximos capítulos!

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

No fundo, no fundo..sou HIPPIE!


Pensava nesta questão esses dias. Apesar de adorar a vida urbana, um cinza grafite e uma loja de conveniência, no fundo, bem lá no fundo sou hippie de carteirinha. Duvida? Pois é, mas é a pura verdade.

Isso tudo tem total ligação com a minha criação, afinal de contas meus pais eram hippies. Tudo bem que não vivíamos em uma comunidade fazendo artesanato para vender na Maromba, mas morar em um local mágico e isolado no meio do mato, andando de vez em quando nu, faz parte dessa linguagem, certo? Então, isso fez parte da minha vida. E de alguma forma até hoje faz. É só analisar os meus seguintes pensamentos e atitudes: quero ver todos de bem com a vida e felizes, digo que amo todo mundo ao meu redor, me emociono com o nascer e o pôr-do-sol, fico com peninha de matar formiga e baratinhas (eca), viajo no desenho que a fumacinha do incenso faz quando queima, choro ao escutar Stairway to Heaven pela milésima vez, como no Sabor Saúde todo dia (isso conta tá?), amo acampar e não reclamo do ...o quê? Desconforto? Nem sei o que é isso, concordo que banho de cachoeira faz um bem danado na vida de qualquer um, gosto de tirar foto de paisagens, flores, passarinhos e dos meus pés, uso óleo de amêndoas como hidratante, faço máscara de argila (argila mesmo!!) no rosto e tomo chá verde para emagrecer....

Pois bem, sei que essa pequena lista não convence os mais ortodoxos, mas posso dizer que a casca é dura, perua, urbana, mas alma é odara.

Mas para convercer ainda mais, fecho esse texto com um poema de minha autoria. Escrito pelo menos uns dez anos atrás em um momento de incrível imersão ao meu ser, o ser HIPPIE.

Pretendo um dia olhar e saber mais que tudo
Acordar e sorrir durante minutos segundais
Brilhar no mar azul infinito, tão distante.....
Gritar ao mais alto céu errante
Beber o líquido olhar de suas janelas
E depois da longa jornada, deitar na asa do vento dia
Para sempre voar

Porque não sei de tudo ou nada
Porque talvez saiba e fale
Além do que sinto e perturbe
Diz porque não sente ou espete
Traços fortes da pedra, funda ao seu desejo
Loucura incandescente, larva louca que brota
Abelha que pousa na mais delicada alma
Sinto o cheiro doce e profundo
Uma coisa meio louca esse mundo

domingo, 14 de janeiro de 2007

Chico Buarque Saradão


Prometi para mim que só escreveria aqui uma vez por semana. Mas essa estória aconteceu na última sexta-feira e merece ser contada.

Para começo de conversa, para causar inveja aos fãs do Chico, como estou trabalhando no show, até agora já assisti.... hun.... vejamos...4 vezes! HA HA HA...E ainda faltam várias apresentações! OK, mas vamos a estória. Estava no banheiro do Canecão ao final do show e escutei a seguinte conversa vinda de duas senhoras, bem "senhorinhas":

Senhora 1: Ahhh...mas o Chico é o máximo, não é fulana?
Senhora 2: É beltrana, uma coisa mesmo...mas ele me deixa muitíssima preocupada.
S1: Nossa qual a razão dessa preocupação?
S2: É que ele está muito magrinho...magrinho demais e isso não é bom para a sua saúde..isso me tira o sono.
S1: É verdade fulana, mas você sabe o que é isso? É porque ele não se alimenta direito...
S2: É verdade, fica fazendo shows o tempo todo, é capaz de não se alimentar bem...deve voltar dos shows e comer porcaria...Mas também não tem ninguém para preparar para ele né beltrana? Coitado...
S1: Pois é, se ele comesse comida de verdade, ao invés de porcaria, estaria melhor...ficaria "saradão"...ai minha filha seria uma loucura! Ai meu Deus!

sábado, 13 de janeiro de 2007

Inauguração da Balzaca


Pronto. Tá feito....Melhor não desistir e continuar. 3 da manhã, sábado...é isso, pronto, pronto. Resolvi criar meu blog e não volto mais atrás. Acho que é a chegada dos 30 anos, nós vamos ficando mais complicados, cricris, mais cheios de paranóias e deu vontade de escrever. Quem sabe assim melhora essa questão de virar balzaquiana.

Estranho isso..... muito. Só quem já passou sabe o que estou falando. Aos 20, a crise que temos é: o que vou fazer, sigo esse caminho ou aquele...well, aos 30 parece não existir "caminhos", como na letra do clássico Stairway To Heaven, "Yes there are two paths you can go by but in the long run / There's still time to change the road you're on", que é claro, quando o Robert Plant a escreveu tinha 22 anos! Aos 30 você tem a sensação que já escolheu e pronto, já era, é isso e siga em frente, beijos. Aos 30, tudo aquilo que você havia imaginado antes de ser "adulta", parece que sumiu. Sabe aquela espécie de listinha de itens a serem conquistados? Tipo: morar sozinha - situação financeira OK - Carro.....Pois é, essa lista quando não completa nesta fase, dá a sensação de: FRACASSO!

Putz, o que fiz errado? O que errei 10 anos atrás? Aquela academia todos os dias que não frequentei porque "poxa, tô inteira ainda", resultam em flacidez e um certo desespero de correr contra o tempo, aquelas noites mal dormidas virando copo, hoje atrapalham as próximas viradas de copo, aquele dinheiro não economizado, dá dor de cabeça em pensar que poderia estar comprando o meu apartamento...Ai! CHEGA de lembrar da bendita lista....Deixa chegar o aniversário...Dizem também que depois de fazer 30 anos, as crises se acalmam e você vive o melhor momento da sua vida...Vai entender!