segunda-feira, 23 de abril de 2007

Com quantos elogios se faz uma canoa?


Você faz um belo trabalho e o seu chefe não comenta nada, inclusive critica um detalhe que você considerava perfeito. Você sai de casa se sentindo uma top model e ninguém comenta, nem assobio de porteiro recebe. Você ganha um prêmio esperado e ninguém elogia a ponto de você achar que valeu a pena. Isso me faz perguntar o quanto dependemos da opinião do outro para realmente acreditar naquilo que por alguns instantes realmente acreditamos. Você conhece alguém tão seguro de si que consiga viver tranqüilamente sem a opinião de terceiros? Tudo bem que seria um exagero dizer que dependemos 100% dessa opinião, mas um pouquinho.... Mas aí é que está. Essa medida é tão pessoal e talvez mude conforme o momento da vida. E também é muito fácil alguém dizer da boca para fora que não liga para comentários alheios, que tem segurança de tudo o que faz na vida e pronto. Duvido, que mesmo depois de apresentar um projeto que dependa da aprovação do outro e não ter o resultado esperado, você não fique se questionando o que fez de errado. Isso tipo de coisa bota a cabeça para fervilhar. E as pessoas sacanas que percebem isso no outro podem em alguns momentos detonar sua confiança. Quem nunca passou por isso no trabalho? Adianta seus pais, que te conhecem como ninguém (certo?) afirmarem que você é o máximo, se o seu chefe coloca na sua cabeça que você é incompetente? O que você faz? Liga o F... e pronto? Mas qual será o meio de descobrir se isso é ou não verdade? Seus pais, á princípio sempre concordarão com você, mas o seu chefe também pode ser invejoso, ou não quer elogiar para você não pedir um aumento....Ou será que você é incompetente mesmo? E se você está malhando desesperadamente, acha que conseguiu um resultado bacanérrimo e um amigo pergunta quando você vai arrumar tempo para voltar a malhar? Você continua se sentindo saradão? Ou ele também é invejoso? Ou coitado, está sendo apenas sincero e está lhe dando um toque? Qual a medida? Uma vez conversando com uma amiga, chegamos à conclusão que temos que ser meio metidos mesmo. Não a ponto de sermos arrogantes, mas de bancarmos um pouco a nossa opinião do que achamos de nós mesmos. Confesso que tenho uma certa invejinha branca desse tipo de confiança, mas em alguns períodos da vida senti isso bem perto, como se fosse algo que me libertasse dessa agonia, muito bom....Gostaria que a minha canoa precisasse de alguns gravetos e não de toras de madeiras para flutuar bem longe. E a sua?

Um comentário:

Anônimo disse...

É, Ritinha... Como conversamos antes, a questão é essa aí. Precisamos sempre pagar para ver se quisermos nos libertar ou nos aprisionar de vez nesse esquema. Paguei para ver recentemente e peitei o mundo (realmente) em prol do que acreditava. Deu certo? Não. Mas acho que este e outros insucessos não devem nos freiar.
Por que? Porque no fim, não vamos até aonde achamos que devemos ir? Não é única e exclusivamente a nossa opinião que monta nossos objetivos de vida? Pois se conseguimos isolar os demais nesta questão grandiosa, acho que podemos conseguir salvar as outras menores.
Não adianta te dizerem que já está no topo de vc acredita q o céu é o limite... e não deve fazer diferença real se te acham menos quando você se acha mais.
Opiniões importam? Sei que sim. Mas, para mim, só conta aquilo que vem de pessoas que eu ame e/ou admire. Ninguém mais.
Acho q me empolguei, né? rs
Bom... bjux, fui!