quarta-feira, 11 de abril de 2007

Qual é a sua?

Na época dos meus pais, o caminho “natural” das pessoas era chegar por volta dos 20 e poucos anos casados e tendo filhos ou pelo menos planejando. Hoje em dia, quando penso nessa trajetória, fico assustada, pois se fosse como eles, eu já estaria casada um tempo e com pelo menos dois filhos. O estranho é que não consigo enxergar isso no meu dia-a-dia, apesar de ter sido casada. Olho meus amigos em volta e não entendo como estamos caminhando. O que é considerado “normal”? Seremos avós com quase 80 anos? Experimentaremos mais possibilidades de relacionamentos? Outras possibilidades de construir uma família? Essas questões me deixam confusa e angustiada. Não sei dizer se é porque penso demais nos temas, mas me preocupo cada vez mais. E me preocupo, pois tenho a sensação que todos querem mais variedade e muito mais experiências antes de qualquer coisa, antes do tal chamado casamento. Parece que somos ratinhos de laboratório correndo em um labirinto cheio de opções de entradas e saídas, tontos, sem saber para aonde ir. Ora queremos ser livres, ficar com quem quisermos, sem dar satisfação e ora queremos compromisso, alguém para ficar junto e compartilhar a vida! Ás vezes penso que poderia ter duas vidas correndo em paralelo, só para comparar o que seria melhor. Já que não possível comparar um período de namoro longo em tal idade e momento x da vida, com um tempo de solteira frenética em outro determinado momento.

E ser solteira nessa cidade e na casa dos 30, é ter que aprender a lidar com a paciência. É como uma amiga disse, que não tem mais vontade de ficar falando quem ela é, o que faz e blá blá blá para o outro...Nesse caso, acabamos nos envolvendo com os mesmos, os de sempre que estão mais ou menos disponíveis e nós já conhecemos. Ao mesmo tempo, aturar aquele lado que chamo de “mô” no início de namoro é dose. O lado mô pelo menos para mim, é o lado mais chato de um começo de namoro. É aquele momento de inventar nominhos e por pura falta de criatividade um chama o outro “mô”. Não dá! É muito chato. Será que sou eu que ando meio de saco cheio ou será que somos todos nós, correndo atrás de coisas que nem sabemos o que são. O que fazer? Dessa vez deixo esse texto sem muitas respostas, porque acho que daria um debate longo, para se pensar muito. De qualquer forma, ficar sozinha nessa cidade no inverno é deprimente, domingo no cinema então...Quem já experimentou essa sensação sabe do que estou falando! Ao mesmo tempo, sair com vários solteiros por aí sem destino é tudo de bom! Olha a confusão de novo. Mas o que fazer então? Esquerda ou direita? A ou B? Alguém se habilita a responder?

Um comentário:

Fernando disse...

Seu posto me lembrou uma amiga com quem falei outro dia, que estava se recuperando de uma crise sinistra. Ela tava fazendo tudo na vida pra seguir esse caminho já traçado por nosso pais. Daí, como não acontecia a mesma coisa, teve um piripaque. Tá fazendo análise, e melhorando aos poucos, já tendo em conta que cada um é cada um, seguindo à risca o clichê de cuidar do jardim, para atrair as borboletas...
Bjo,
Fernando