quarta-feira, 25 de julho de 2007

Qual a medida para um saco encher?


Até quando podemos aturar a grosseria de alguém? Até que ponto você está se reduzindo? Ou simplesmente tem mais estômago para aturar certos tipos de situações melhor que outras pessoas? Afinal de contas, qual é a medida para o seu saco transbordar? Descobri recentemente que o meu saco de paciência tem medidas diferentes para cada situação na vida. Um saco para alguém que grita grosserias a torto e direito é o menor de todos, afinal de contas, quem gosta de se sentir humilhado? Ninguém.....Tenho esta certeza. Mas, alguns conseguem agüentar mais que outros, com tanta coragem e força que faço esta pergunta sempre: Como alguns agüentam engolir sapos enormes e continuam bem? Fiquei pensando e descobri que além de diferentes situações, talvez a medida do saco de cada um varie conforme a idade. Sinto que os representantes dos 20 anos têm o saco pequeno, mas são mais medrosos para falar o que sentem, deixando-o encher, quase transbordar e depois jogando-o fora em qualquer lixeira por aí. E os de 30 anos, parece que o saco é ainda menor, e pior, adoram pegar o que está dentro e jogar em cima do motivo da irritação. Já os de 40 anos, transparecem ter mais paciência, engolem sapos-bois elegantemente, mas sabem digeri-los como ninguém ...... E o saco aumenta de tamanho....... Impressionante! A turma dos 50 tem o saco ainda menor que os de 30, mas os sacos são transparentes, quem quiser, pode ver o que está lá dentro e dane-se! Ah!!! Que medida é a ideal então? Seguiria esta lógica? Outra preocupação é o que fazer com que está dentro do saco? Jogar fora, guardar? Ainda fico confusa. Em ambas situações tive respostas positivas e negativas. Talvez seja jogar fora, guardar sacos cheios de ilusões, tristezas, perdas e decepções faz mal, depois, quem sabe não achamos estes sacos podres com risco de vazamento e sabe-se lá o que pode acontecer? Explosão? Saco grande, pequeno, transparente ou não, o importante talvez seja que tenhamos cada um o seu e que nunca, nunca seja furado. Aí sim, um saco sem fundo não agüenta nada, fica sempre disponível para enchê-lo eternamente. Beleza! Vamos caminhando, cada um com o seu, na sua medida. E viva o saco nosso de cada dia!

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Equacionando...


Sabe aquela situação difícil? Que nem a macumba mais poderosa consegue dar jeito? Aquele problema que dá preguiça de resolver? Pois é, eu adoro! Vai entender a mente humana. Mas eu gosto, fazer o quê? Anos de análise talvez um dia me expliquem, mas até agora eu finjo que é normal e repito a seguinte máxima do mundo corporativo: eu gosto de desafios! Mas é verdade. Nada muito fácil me atrai. As coisas fáceis me dão sono, cansam. As difíceis que fazem a cabeça doer de tanto pensar, me dão fibra. Um trabalho simples e bobo me emburrece. Já um nó de marinheiro ou um monte de fio enrolado me distraem. É uma mania tão esquisita, que prefiro ás vezes deixar um armário ficar bem bagunçado, a ponto de ter que arrumar mais do que se estive levemente desorganizado. Que graça tem de algo que se consegue fácil? Lógico que adoraria ganhar na Mega Sena sozinha, milhões e milhões. Mas o correr atrás me enobrece. Você analisa seu caminho e vê o esforço e dedicação que fez, sente orgulho. É esta sensação de missão cumprida que tenho quando executo uma tarefa complicada. Mas não só de trabalho, as coisas difíceis são mais divertidas. Uma pessoa difícil tem a sua graça. Aquela leve esnobada é interessante, soa diferente, afinal de contas, o que aquela pessoa tem? É isto que nos perguntamos quando alguém “se faz de difícil”, não é? Que desafio tentar desvendar os mistérios de alguém difícil, que não abre a guarda, que esconde todos os segredos e vai desvendando aos poucos o charme das atitudes, típico de uma pessoa difícil, muito mais bacana que uma pessoa fácil de ser descoberta. Isto não quer dizer que a pessoa tenha que se fazer de difícil o tempo todo, mas aquele certo mistério..hummmmm....Dá mais curiosidade. E ser curioso faz parte da personalidade de quem gosta de desafios, é uma sensação meio Sherlock Holmes. A única coisa que não gosto são de problemas matemáticos. Este tipo de quebra-cabeça não me chama atenção. Talvez seja trauma de adolescência! Mas apesar do trauma, ainda hoje sinto vontade de pegar alguns probleminhas e cálculos para brincar um pouco. Assim como faço com as placas de carro, fico calculando para reduzir todos os números a zero. Maluquice? Talvez, mas é um prazer enorme também. E cada maluco com a sua doideira! Aliais, como é mesmo a equação de segundo grau?