segunda-feira, 28 de maio de 2007

Perguntas para o Inexplicável Sentimento de Amar

Queria saber como o amor por alguém nasce. Sei que é meio ridículo, mas não entendo certas sensações e tento procurar explicações lógicas para as coisas inexplicáveis como essa. Os românticos de plantão que me perdoem, mas qual seria esta explicação? Como de repente começamos a sentir algo que vai além do desejo, paixão e tesão e vira amor? Um amor que você começa a acreditar em um monte de baboseira, que acha graça da coisa mais idiota que o outro fala. Que o feio lhe parece um espetáculo, que o chato encanta? Este sentimento que gera tantas dúvidas e insegurança é ao mesmo tempo tão gostoso de sentir. E aquele que é o amado gosta também de saber que é tão admirado por outra pessoa, não? Qual a explicação para se amar alguém tão intensamente mesmo sabendo que nunca será correspondido? Porque o nosso raciocínio lógico concorda com isso? Não deveria. Se não temos a correspondência de tanto amor, para que continuar com tamanha devoção? Pois bem, mesmo com todos os conselhos, as palavras de apoio e etc, ninguém manda nesta área que nós mesmos. E que mesmo assim, não consegue mandar em nada! Continuaremos amando sem sermos correspondidos? Cadê o botão para desativar este sentimento para estes casos? E será que temos uma quantidade infinita para amar várias pessoas? Ou será que temos um limite, do tipo: chega, agora já amei muitas pessoas! E como classificamos o tamanho do amor? Um é maior ou menor que o outro? É possível aprender a amar alguém? Seria tão fácil assim. Você conhecia alguém que te ama, mas você não. Mas você aprende e pronto, amaremos todos! Qual a idade que você começa a amar de verdade? Eu sempre achei que foi com 6 anos. Eu tenho certeza que amei uma mesma pessoa até os 10! 10 anos de idade! Será isto verdadeiro? Poderia voltar a amar esta mesma pessoa? É possível? E o amor á primeira vista? Quem experimentou? É balela? Acredito que não. Mas concordo que é meio estranho...... mas de fato, existe! Assim como deve existir a explicação lógica para este sentimento tão bonito e cruel. Não quero explicações orgânicas e químicas, que apesar de serem mais lógicas, são mais chatas. Quero explicações lógicas, mas cheias.........de amor! Piegas sim! Mas amar é isso mesmo, certo?

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Leila Diniz de Burca



O que será que passaria na cabeça de Leila Diniz caso ela estivesse viva em 2007, vendo como as mulheres não evoluíram no campo sexual como ela imaginava, depois de sua breve passagem na terra? Talvez ela não compreendesse como que depois dos agitados anos 1970, a mulherada ainda continua com a cabeça de alguns séculos atrás. Ainda reina entre os homens, e pior ainda, entre as próprias mulheres, que existe uma mulher para se casar e uma para “vadiar”. Esquecem de tudo o que foi dito no campo do prazer sexual feminino, da liberação sexual, do sexo casual, enfim, esqueceram o quanto a humanidade caminhou até então nessa área. No livro O Livreiro de Cabul, que relata as condições pelo qual as mulheres do Afeganistão vivem e o que são submetidas em pleno século XXI, a autora cita alguns trechos de poemas feitos por corajosas mulheres daquele país, que relatam as suas vontades e desejos em textos eróticos belíssimos. Isso deixa claro que mesmo por debaixo da burca existe desejo ardente, vontade de viver suas fantasias de forma livre. Não é intrigante o quanto uma mulher no Brasil, que julgam ser um país aberto as estas questões, se submete a aceitar que o seu desejo pelo sexo é algo sujo? O pensamento de que o homem que come todo mundo é garanhão e a mulher é galinha, ainda é usado! A impressão que se dá é que a geração de hoje dos 20 e 30 anos tem a cabeça mais antiquada que os nossos avós. Socorro! Quero viver em outra época! O que aconteceu com tudo que passamos e foi registrado? Coitada da Leila Diniz...tudo o que ela falou e as críticas que recebeu na época pela sociedade machista e preconceituosa foram em vão? Como será a próxima geração de adultos? Mais quadrados? Mulheres? É isso mesmo? Por favor, comprem o livro, lêem e cheguem à conclusão que a burca aqui é invisível, mas é usada pela grande maioria de nós!